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ENTREVISTA
28/08/2018

Setor atacadista representa 60% do faturamento de VG, diz presidente

Com 120 associados e há 16 anos de atuação, a Associação Mato-Grossense de Atacadistas e Distribuidores (AMAD), vem transformando Várzea Grande na cidade “atacadista”. Segundo o presidente da AMAD, João Carlos Sborchia, em entrevista ao  no Ar, no dia 28 de agosto, os atacadistas são responsáveis por 60% do faturamento do município.

“60% do faturamento dos atacadistas do Estado de Mato Grosso estão concentrados em Várzea Grande. O faturamento do setor anual gira em torno de R$ 5 bilhões, o que realmente retorna de impostos para o Estado, tudo que o Estado arrecada em ICMS, 25% vem para Várzea Grande. Com estes números, dá para se notar que o setor consegue trazer indiretamente bastante recursos para o município”, externou o presidente.

O setor também é responsável pela geração de emprego direto e indireto em todo o Estado, e especialmente em Várzea Grande. “Todos os associados geram em torno de 33 mil empregos diretos e indiretos no Estado. Se a gente fizer a conta de que 60% estão no município, nós vamos ter aqui em Várzea Grande em torno de 10 mil empregos diretos e indiretos".

Conforme João Carlos, o setor assim como outros no Estado, também enfrenta dificuldades para adquirir mão de obra qualificada. “Nós temos muitas dificuldades em contratar pessoas qualificadas para determinadas tarefas, por exemplo, vendedores, representantes comerciais, nós temos muita dificuldade na parte de supervisão de vendas, gerenciamento de vendas. Eu acho que temos que ter governantes que invistam em cursos técnicos, no ensino básico e fundamental”, pontuou.

João Carlos ressaltou que Várzea Grande, estrategicamente favorece o setor atacadista. “O setor atacadista está muito forte aqui na cidade. Nós temos algumas empresas querendo vir para Várzea Grande, vindo de outras cidades do Estado. Várzea Grande estrategicamente ela favorece bastante, a cidade já tem as saídas para o norte, onde o foco é muito grande para nós atacadista. O médio Norte, a região da Tangará da Serra, Cáceres, toda essa região. ”

Ao ser questionado se o setor intermedia com o Poder Público, sobre políticas de incentivos a empresas que querem se instalar no município ou em Mato Grosso, o presidente da AMAD relatou que normalmente isso não ocorre. Conforme João Carlos, a Associação faz todo acompanhamento legal para a instalação da empresa na cidade.

“Os incentivos fiscais hoje, eles se dão mais em nível estadual, as Prefeituras de modo geral, poucas tem algum programa de doação de terreno. Agora tirando essa questão dos incentivos fiscais, a gente dá toda assessoria, todo acompanhamento, a gente acompanha essa empresa nos órgãos públicos para que ela se instale dentro da lei.”

Durante a entrevista, o presidente criticou a dificuldade gerada pelo excesso de fiscalização, ao explicar, ele pontuou que o empresário deseja seguir a lei, mas é contra várias entidades federais, estaduais e municipais cobrarem a mesma coisa.

“Você tem o Ministério do Trabalho fiscalizando alguns itens, você tem a Prefeitura do município cobrando o que é atribuição do Ministério do Trabalho, ou da Delegacia de Trabalho, como uso de IPIs, etc. Então há uma superposição de funções. Temos a lei. Temos, a questão não é que o empresariado não quer cumprir a lei, agora, nós não podemos ter em nossas portas batendo três, quatro entidades diferentes - municipais, estaduais e federais cobrando a mesma coisa. Na verdade, a gente quer trabalhar, e é nesse sentido que digo: Não atrapalhando já está fazendo muita coisa”, afirmou.

Ao finalizar, o presidente destacou a função social desenvolvida pela AMAD: “Desde a fundação da AMAD temos nosso regulamento na questão social. Temos uma diretoria específica que atende o ano todo, em torno de 20 entidades. No final do ano passado, fizemos a doação de uma carreta de feijão para o governo no Estado, naquela campanha, ajudamos o Hospital do Câncer, temos participação no McDonald's e contribuímos com algumas entidades. Eu acho que o empresariado poderia fazer mais, como diz a minha mulher, que é a diretora da área social - mas do que doar é ir lá". 

Fonte: VG Notícias